Implantação do STIR/SHAKEN no Brasil: o que se sabe sobre as tratativas até agora
Nos últimos anos, o combate às chamadas indesejadas e fraudes telefônicas se tornou uma prioridade em muitos países, o que impulsionou a adoção do STIR/SHAKEN, um protocolo de identificação de chamadas e autorização de origem. No Brasil, esse processo de implementação está em andamento, com algumas operadoras já em produção de tráfego e outras se preparando para entrar nesse cenário.
Do ponto de vista operacional, a VIVO já está com seu período de testes encerrado e validado e pode entrar em São Paulo ainda em junho. As operadoras TIM e Claro, por sua vez, iniciaram seu período de testes no fim de maio. Elas devem entrar em produção com planos de expansão para todo o país até julho, aumentando a cobertura do STIR/SHAKEN. Esse avanço é importante, pois a capacidade das operadoras de receber e terminar o tráfego é fundamental para o sucesso do protocolo.
No entanto, a compatibilidade dos aparelhos também é essencial para a eficácia do STIR/SHAKEN. No caso da SAMSUNG, 75% de sua base de dispositivos já é compatível com o sistema. E com a atualização do Android 14, todos os aparelhos compatíveis passarão a exibir o "Rich Call Data" completo, ou seja, apresentando marca e motivo da ligação. A mesma situação se encaixa aos dispositivos da Motorola. Somente os demais aparelhos Androids terão que aguardar até o final de agosto para a compatibilidade completa, com a atualização do Android 15.
Já a Apple, assim como nos Estados Unidos, adotará uma abordagem mais restrita, fornecendo informações de "autenticação" apenas no histórico de chamadas. No entanto, a compatibilidade real só será possível a partir dos próximos aparelhos lançados pela empresa.
Aqui, é interessante traçar um comparativo com os Estados Unidos, onde o STIR/SHAKEN já está mais avançado e amplamente implementado. Nos EUA, a maioria das operadoras já adotou o protocolo, resultando em uma redução nas chamadas indesejadas e fraudes telefônicas. Além disso, a compatibilidade dos dispositivos também é alta, com a maioria dos fabricantes de smartphones trabalhando ativamente para integrar o STIR/SHAKEN em seus aparelhos. Entretanto, diferentemente do Brasil, a versão norte-americana não apresenta logo e motivo.
Enquanto isso, no Brasil, embora o progresso esteja sendo feito, ainda há desafios a serem superados. A compatibilidade dos dispositivos, embora crescente, ainda não é universal, e a implementação do STIR/SHAKEN em todas as operadoras e regiões do país é fundamental para maximizar sua eficácia.
O cronograma de implantação do STIR/SHAKEN no Brasil mostra um progresso promissor, com operadoras e fabricantes de dispositivos trabalhando para tornar a identificação de chamadas mais segura e confiável. No entanto, ainda há trabalho a ser feito para alcançar o mesmo nível de sucesso visto nos Estados Unidos. Com a colaboração contínua entre as partes interessadas, logo será possível criar um ambiente telefônico mais seguro e protegido para todos os usuários.
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